white nigro

Laura Nyro
Eli and The Thirteenth Confession (1968)

Olhando para essa capa, você diria que este parece um disco de 1968? Pois então vou lhe dizer que as treze faixas contidas em Eli and The Thirteenth Confession, meu novo vício velho, não soa nada como um álbum feito e lançado há 40 (quarenta. quarenta) anos atrás.

O mais instigante, pelo menos para mim, é que Eli and the Thirteenth Confession é basicamente pop. Nascida no bairro nova iorquino do Bronx, Laura Nigro (seu verdadeiro nome) mistura soul, folk e jazz e alcança algo realmente diferente em suas canções, um pop musical com quebradas de ritmos incríveis e melodias lindas e dançantes. Como se as três Supremes estivessem encarnadas em uma alma branca, compusessem suas próprias cançoes e tivessem um passado jazzista latente. Passado? Em 1968, Laura contava com meros 19 anos (dezenove. dezenove).

Apesar de alguns vibratos um pouco mais prolongados aqui e ali, Eli and the Thirteenth Confession não cansa nunca. Desde o começo para cima com "Luckie", "Lu" e "Sweet Blindness", passando pela linda "Stoned Soul Picnic", acalmando nas jazz levadas ao piano de "Emmie" e "December's Boudoir", e surpreendendo no ritmo em "The Confession", a última faixa. Este álbum deveria ser de cabeceira para qualquer pessoa que aprecia jazz, mas tem os dois pés fincados na música pop.