Jeremy Jay
A Place Where We Could Go (2008)
Jeremy Jay é californiano da cidade de Angel Town. A Place Where We Could Go é seu primeiro lançamento pela K Records. E o que você está prestes a ouvir, se baixar o disco, é uma mistura de David Bowie com Buddy Holly encarnado num típico americano gravando músicas em casa.
Quando eu jogava baseball, o segredo para pegar uma bola pingando - rápida ou não - era agachar conforme a quicada da bola e calcular o timing da bola. O timing era tudo no baseball. No jogo você rebate, arremessa e agarra uma bola do tamanho de uma laranja sem pensar muito na hora, mas pensando muito anteriormente e até posteriormente. Você calcula a velocidade da bola do arremessador vendo seus companheiros tentando rebatê-la. Depois que errou um bocado, você continua pensando no que calculou errado. Se acertou, você tenta lembrar como acertou. Baseball exige muita técnica e paciência, para quem joga e para quem assiste, pois não há muita ação. Uma vez que a bola está em jogo, você resume sua estratégia no seu timing da bola que veio e que vai. O tempo não serve para nada. O timing, sim. O jogo só está seguro quando a bola está na mão de alguém, mas na maior parte do tempo a bola está voando para lá e para cá. O técnico só consegue rezar para que o timing de bola esteja certo para quem a bola está indo.
Quando alguém lança um disco gravado com quase nenhuma produção e com muita influência de David Bowie em pleno ano de 2008, algo precisa ser pensado. O que acontece aqui é que o tempo é ignorado por Jeremy, com isso o seu timing fica meio torto. Ele parece um garotinho com o tempo de bola mais errado de todo o time de baseball; a bola bate em seu peito, ele gira o taco em falso, ele arremessa fraco de mais; mas, ah, como Jeremy se diverte.
15 de jun. de 2008
timing
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