11 de abr. de 2008

Just inverno

Bon Iver
For Emma, Forever Ago
(2007/2008)

Bon Iver não é um nome, é francês, essa língua estranha. Justin Vernon é o homem responsável por Bon Iver e ele não é francês, ou canadense, ou ex-colônia de exploração francesa, ele é americano de Wisconsin, estado frio à beça lá no norte, beirando os Grandes Lagos, quase Canadá. Bon Iver é "Bom Inverno" em francês, essa língua estranha.

For Emma, Forever Ago é o primeiro disco de Bon Iver e desde seu lançamento, feito de forma independente no ano passado, ele só recebeu boas críticas e reconhecimento de todos: dos blogs, dos sites especializados, dos ouvintes e da JagJaguwar, que pegou o disco e lançou neste ano.

Já ouvi esse disco um bocado de vezes. Andando, dormindo, trabalhando, descansando, só ouvindo e etc. E vou te dizer uma coisa, esse Justin Vernon tem os dois pés infincados nesse mundo aqui, que é o meu e o seu. Suas canções sem rodeios e o seu falsetto não irritante aliados à sua guitarra e aos instrumentos de convidados poderiam produzir só mais um punhado de belas canções de um novo singer/songwriter. Mas For Emma, Forever Ago desperta uma sensação que poucos discos e músicas conseguem. Diria que ele faz o que Armchair Apocrypha, do Andrew Bird, fez ano passado, ou até o que o Damien Rice fez (em outras proporções e qualidades) anos atrás com aquela musiquinha do filme lá. Bon Iver é atual, é belo e é música perto do palpável. Talvez o mais próximo do palpável que você chegará em 2008. É viciante porque é seguro, firme. Justin não se abala com o primeiro coração quebrado, ele continua ali com os pés infincados na neve.

5 comentários:

Anônimo disse...

Estava com dúvidas.. mas depois da comparação com o Andrew Bird decidi fazer o download do albúm...

Love
Manuel (portugal)

J. disse...

Exatamente a mesma coisa que pensei sobre o For Emma, também fiz associação com o Armchair, por causa do etéreo (e, porque não, do palpável) de ambos os sons, talvez? é tipo a fumaça subindo no clipe de Wolves (Act I and II), eu quase consigo pegá-la na mão...

Dago Donato disse...

ae garoto!

Anônimo disse...

:D
amo esse disco. é um vício.

Anônimo disse...

que descrição bonita!