15 de abr. de 2008

Islands are forever

Islands
Arm's Way
(2008)

Todo otimista precisa de uma boa dose de otimismo de vez em quando. Algo como um combustível. Não foi simples acaso o álbum novo do Islands ter vazado nesta segunda-feira que passou, meus amigos. Tudo faz sentido, tudo tem um motivo. Sabe o otimismo citado no post do Futureheads? Se me permite irei resgatá-lo aqui.

Eu amo o Islands. Quem acompanha o blog sabe que sou fã de Nick Diamonds desde os tempos de Unicorns. Return to the Sea, o primeiro disco do Islands que foi lançado em 2006, está entre os mais ouvidos do meu iPod. Mas, chega de papo furado. Voltemos ao assunto principal do post, que é Arm’s Way, o aguardado segundo trabalho da banda.

O álbum abre com “The Arm”, uma verdadeira amostra do que é otimismo e alegria de verdade. Quase seis minutos de lindas melodias para aquecer os corações frios dessa semana fria, para limpar as veias entupidas e botar um sorriso na cara de todo mundo. É uma faixa grandiosa, com violinos, solos de guitarra e tudo o que a cabeça de Diamonds mandou botar ali. Na seqüência ouvimos “Pieces of You” que, com sua moderada tensão, é a cama perfeita para a feliz “J'aime Vous Voire Quitter”. “Abominable Snow” é uma sobra do primeiro álbum e aparece aqui mais encorpada e com nova gravação. Com bateria eletrônica do começo ao fim, “Creeper” é a mais diferente do disco. Uma canção com cara de hit pop dos anos 80.

É válido dizer que, de um jeito ou de outro, Arm’s Way é uma bela continuação de Return to the Sea. São álbuns parecidos em sua essência, mas bem diferentes na execução. E a verdade verdadeira é que Nick Diamonds está sempre a reinventar a música pop. Fez isso tanto no Unicorns quanto em Return to the Sea, e agora o faz novamente neste novo trabalho. Não se trata de um disco cabeçudo. Não, não. Nick mentiu nas entrevistas por aí. O que ele não contou é que nos entregaria uma verdadeira obra pop progressiva. Prog-pop, se assim preferir. É um pop muito bem feito e complexo, cheio de detalhes. Só pra se ter noção, oito das doze faixas passam dos cinco minutos, sendo a música final a maior delas, com 11 minutos.

Fãs de Islands, como eu, vão incluir Arm’s Way naquela antecipada lista nerd mental de melhores do ano. Agora, se você desconhece o Islands ou não gosta do primeiro disco, meu conselho é baixar este segundo álbum e dar mais uma chance para os canadenses. Você pode se surpreender positivamente.

5 comentários:

Clara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clara disse...

mais de 60 minutos de pura alegria.
:D

Anônimo disse...

cara to baixando aqui...vc conhece os Sigur Rós!? se sim, certamente o otimismo tao distante dos tropicos estara mas perto do Equador!, aff ou Sao Paulo!! um abraco de um grande fa do blog, desde Sverige!! /Cris

Anônimo disse...

Legal esse blog. Sons que eu não imaginava existirem... bons novos motivos para ouvir música!!!

Roger.

paula disse...

putz, que som é esse, genteeee
adorei!!!