In Rainbows

Radiohead
In Rainbows (CD 1 + CD2)

Dá uma baita preguiça ouvir o Radiohead. Talvez sejam os fãs, não sei. Talvez seja o universo que cerca a banda. Mas gosto muito de tudo o que eles fazem. Sempre gostei. Considero Thom Yorke e o resto da banda verdadeiros gênios do mainstream. O Radiohead é um dos poucos nomes que podem se dar ao luxo de lançar um disco em seu site “de graça”. Foi uma jogada de mestre, não há dúvidas, muito embora eu a considere pela metade (160kbps?).

Mas o que interessa mesmo é que In Rainbows é um ótimo disco. Mesmo com esses não-justificáveis quatro anos de espera, trata-se de um álbum e tanto. E agora que finalmente vazou o disco dois, posso falar um pouco mais sobre o todo. Nas primeiras vezes em que ouvi In Rainbows, confesso que não achei nada demais em nenhuma de suas dez músicas. Com o passar do tempo, fui percebendo a simplicidade e a força que cada canção desempenha dentro do álbum. Principalmente agora, ouvindo a segunda parte, ficou mais fácil de entender o disco como um todo.

Claro que não é um trabalho genial. Não é. Não entraria na minha lista dos dez melhores do ano, por exemplo. Até porque 2007 foi pra lá de interessante em termos musicais. Mas In Rainbows desempenha seu papel de forma brilhante. Agrada os fãs da banda e não acho difícil chamar a atenção até dos que não agüentam ouvir o Thom Yorke choramingando. Músicas como “Weird Fishes/Arpeggi”, “Nude”, “All I Need” mostram uma banda nem um pouco preguiçosa no que diz respeito às composições e mais uma vez colocam o Radiohead muito bem na fita, seja entre os pequenos, seja entre os grandes.