28 de nov. de 2007

E o Battles?

Pouco tempo pra escrever, mas preciso falar das minhas impressões sobre os shows do Battles no Brasil. Por sorte, vi duas das quatro apresentações deles por aqui: a de São Paulo e a de Goiânia. Sou um grande fã, não preciso nem esconder. Lembro de quando ouvi Mirrored pela primeira vez. Já gostava dos EPs, mas fiquei totalmente louco com o disco. Postei-o no Polaroid Rainbow (leia aqui), fazendo grandes elogios àquelas onze músicas sensacionais.

Mas e ao vivo? Como eu esperava, o Battles em cima do palco é uma perfeita massa sonora. Brutal, por assim dizer. Cada integrante dá um show à parte, principalmente o baterista John Stainer (Tomahawk, ex-Helmet), que usa o prato lá em cima e toca tão forte (e com impressionante precisão) que é possível ver as lascas de suas baquetas voando pra lá e pra cá. O som é esquisito, mas dançante. Um show no qual é simplesmente impossível ficar parado.

A apresentação de São Paulo foi a melhor. A casa pequena fez com que o som ficasse mais organizado (apesar dos vocais terem sumido) e, felizmente, bem mais alto do que estava em Goiânia – duas coisas essenciais pra uma apresentação deles. Tocaram o Mirrored quase na íntegra e provaram que virtuosismo nem sempre precisa ser chato ou em vão.

Em Goiânia o show foi obviamente mais curto, uma vez que estava inserido em um festival, o Goiânia Noise. De certa forma, o lugar imenso prejudicou o som do quarteto, que parece funcionar melhor em palcos menores. O volume também estava baixo. Ficaram devendo “Leyendecker”, que foi assustadoramente poderosa em São Paulo. Mas nem isso conseguiu tirar o brilhantismo da apresentação. Em ambas as ocasiões, o Battles deixou todos os presentes – fãs ou não – de queixo caído, e fez o melhor show que vi em 2007.

3 comentários:

denis disse...

"e o battles?...fez o melhor show que vi em 2007."

pronto.

Clara disse...

fiquei hipnotizada por um tempo, absurdo.

Anônimo disse...

O show em Curitiba também foi impressionante.